6.29.2007

Kandinsky

Casas em Munique


S. Jorge


Um pequeno extra: obras mais figurativas, se assim se pode dizer... Acho-as lindíssimas, pelas cores e pelo traço.

Kandinsky

Gravitation



Akzent in Rosa



Para a Carla, porque ela merece!

6.26.2007

WASSILY KANDINSKY





Mais Kandinsky!
Deixo-vos o cuidado de pesquisar os nomes das obras no Google...

Trabalho 11 - Marta


Curva dominante, 1936
Kandinsky

Podemos tentar explicar esta obra à luz de diferentes teorias da arte, mas dificilmente poderá ser explicada segundo a teoria da arte como imitação, uma vez que o que está retratado dificilmente representa uma realidade que o pintor tenha observado no mundo à sua volta e que lhe tenha captado a atenção.
Poderemos então explicar esta imagem recorrendo à teoria da obra de arte como forma: não interessa o conteúdo da pintura, a transmissão de uma mensagem, ou a captação da realidade. O que interessa, isso sim, são as formas e as cores existentes na figura e a relação e organização delas.
Escolhi esta imagem não só por ser uma das obras de um dos poucos pintores de que gosto, mas também porque me captou imediatamente a atenção pelas suas cores variadas e formas nítidas, que tornam esta imagem muito atractiva.
Olhando para ela sinto uma grande alegria e bem-estar, que me faz recordar festas e Carnaval em dias de sol, que se tornam muito mais agradáveis e animados na presença deste.
Esta imagem é para mim muito cativante, pois dá-me muito prazer olhar para ela, e transmite-me todos aqueles sentimentos que já referi em cima, tornando-a muito interessante, e também formidável e inexplicável. A isto chamamos juízo estético: exprime a experiência estética que eu vivi. É a opinião que tenho sobre a beleza da imagem, que formulo a partir da articulação de vários conceitos.
A experiência estética corresponde a todos os sentimentos e emoções que senti quando observei esta imagem. É o prazer desinteressado que nos dá a contemplação de algo belo.
A atitude estética é ainda a postura que eu tenho para contemplar o belo simplesmente pelo próprio belo e não com outro objectivo qualquer, como, por exemplo, o de comprar o quadro, segundo Kant.
Só assim podemos distinguir se uma coisa é bela ou não.
Existem ainda várias teorias sobre o juízo estético. Ele pode ser explicado segundo o ponto de vista objectivista ou subjectivista. No primeiro, os objectos são belos pelas suas próprias características. No último, os objectos são belos por aquilo que nós sentimos quando os observamos. Fazemos uma apreciação subjectiva, que não depende nem do entendimento nem das propriedades do objecto em questão, mas sim da capacidade do sujeito para sentir prazer na contemplação desinteressada do belo. Esta é concepção defendida por Kant.
O belo é o critério que traduz o prazer/desprazer que sentimos quando contemplamos um objecto desinteressadamente, isto é, sem qualquer outro fim para alem da própria contemplação.
À capacidade de distinguir o belo chamamos gosto.

Marta Pimentel, 10ºA - 2007

6.25.2007

Trabalho 10 - Vasco


Para ter uma experiência estética desta imagem, não posso ter outros fins ou interesses na minha apreciação, pois, segundo Kant, para avaliarmos se uma coisa é bela ou não, temos de a apreciar só pelo prazer/desprazer que nos dá a sua contemplação. Para Kant, o juízo estético resultante de uma experiência estética é subjectivo, pois depende da capacidade que todos os sujeitos têm de fazer juízos estéticos e não das características dos objectos.
Esta imagem, para mim, insere-se no plano da arte como expressão, pois o artista, através desta imagem, parece querer partilhar que se sente isolado e até desesperado, ao desenhar um barco com um castelo vazio encalhado no meio de um deserto de lama. Através da imagem também poderemos ponderar se o autor nos quer dizer que se sente ameaçado, pois desenha um elefante que parece estar a atacar o barco.
A teoria da arte como expressão é uma das teorias explicativas da obra de arte, e segundo ela a arte é expressão dos sentimentos e emoções do artista, com o objectivo de levar os outros a viver os mesmos sentimentos e emoções.
Eu gosto desta imagem porque ela é muito apelativa visualmente, visto que a imagem foi muito bem trabalhada a computador e tem uma grande qualidade gráfica..

Vasco Ferreira, 10ºA - 2007

Trabalho 9 -Teresa


Ao observar a “Guernica” de Picasso com uma atitude estética, isto é, sem qualquer outra intenção para além de apreciar o seu lado estético, pude verificar alguns aspectos formais da obra (como o claro/escuro, as formas, luminosidade, estrutura e composição, conteúdos e tema) que me permitiram ter uma experiência estética. A partir dessa mesma experiência estética criei o meu próprio juízo de valor acerca da obra, isto é, formei uma opinião de agrado sobre a mesma. Estes juízos estéticos são subjectivos, segundo Kant, pois dependem da capacidade do sujeito de estabelecer juízos estéticos e não das qualidades do objecto.

Após considerar alguns dos aspectos que permitem fazer a avaliação duma obra, pude concluir que a “Guernica” é uma verdadeira obra de arte que serve perfeitamente como exemplo da Teoria da Expressão. Isto porque nesta pintura é possível ver traços bem marcados de criatividade, originalidade e também é possível perceber facilmente a mensagem que o pintor quis transmitir: o horror da Guerra e das suas consequências. Ora a teoria da arte como expressão considera que a verdadeira obra de arte exprime não só as emoções e sentimentos do seu autor mas também comunica e faz partilhar esses mesmos sentimentos por todos aqueles que a contemplam.

Teresa Brito,10ºA - 2007

Trabalho 8 -Valter


Seleccionei para este meu texto, uma música intitulada “Grace Kelly”, cantada por Mika, um cantor britânico. Cingir-me-ei, tal como os objectivos de trabalho o exigem, à análise desta obra sob o ponto de vista da estética. Podemos afirmar que a estética é o ramo da filosofia que tem por objecto o estudo da natureza do belo e o estudo dos fundamentos da Arte.
O belo é o critério mais importante a ter-se em conta na estética, através do qual podemos, do ponto de vista da estética, apreciar um objecto de um modo desinteressado, estando somente envolvido o puro e simples prazer que podemos ter ao observar tal objecto. Quanto à arte, podemos afirmar, de um modo simples e geral, que se insere em todos os objectos que possam ser considerados obras artísticas, os quais são alvo da apreciação estética por parte de qualquer sujeito.
O belo exprime-se no juízo estético, juízo esse que consiste na valoração que fazemos a um objecto em termos de beleza, exprimindo, desta forma, uma experiência estética, a qual representa o acto de observar e de apreciar um objecto estético, contemplando-o.
Nesta música, a minha experiência estética é o prazer que me dá ouvir a música, com um cantor que tem um timbre de voz extraordinário.
Para explicar toda esta minha experiência estética, expressa através também de juízos estéticos, podemos recorrer a dois tipos de teorias:
- as objectivistas, assentes e focadas sobretudo nas propriedades de um objecto, das quais depende a contemplação do belo no objecto estético envolvido;
- as subjectivistas, teorias segundo as quais o que realmente importa são os sentimentos despertados no sujeito como resultado da contemplação do objecto.
Para Kant, estes juízos não envolvem o entendimento – pois não levam ao conhecimento – e portanto não necessitam da aprovação da razão.
Podemos ouvir esta música, e interpretá-la segundo a teoria da expressão, pois o cantor desta música, por meio da letra que interpreta, pretende não só transmitir a todo o sujeito os seus mais fortes sentimentos e emoções, de uma forma alegre e sarcástica (pois usa uma letra um pouco triste com um tom de música alegre), que neste caso se trata de uma frustração, mas também levar os seus ouvintes a viver as mesmas emoções e sentimentos
Existem também, para explicar a obra de arte, as teorias da arte como imitação e da arte como forma, sendo que nenhuma delas pode ser consideradas nesta música.
A arte como imitação corresponde a toda a obra de arte produzida pelo Ser Humano com o fim de imitar ao máximo a realidade, enquanto que a arte como forma, a entende como dizendo respeito aos aspectos estruturais da uma obra de arte, tais como cores, texturas, figuras, volumes, espaços, etc.
Embora seja verdade que a arte como forma, também pode ser transmitida por sons, e o meu texto cingir-se a uma música, tal teoria não será propriamente a mais adequada para aqui se aplicar, já que esta música tem uma parte importante de transmissão de conteúdos, e, embora tenha instrumentos musicais, assenta sobretudo da voz e nas palavras do cantor.

Valter Rodrigues, 10ºA - 2007

Trabalho 7 - Ana



Consideramos obra de arte todo e qualquer trabalho que resulte da criatividade de um artista, seja ele pintor, escultor, autor, etc., e que seja admitido como sendo uma obra grandiosa e com qualidade artística.
Esta imagem é um exemplo de uma obra de arte. Ao observá-la estou a viver uma experiência estética, isto é, estou a apreciar uma obra de arte, com fim estético. Depois de analisar, posso afirmar que “este quadro é magnífico”, porque me dá imenso prazer olhar para ele, não tenho qualquer outro objectivo ou critério de outra natureza (política, económica, religiosa, etc.) e não preciso de ter conhecimentos sobre a realidade que retrata ou sequer saber que este lugar existe, quando estou a caracterizá-lo como sendo belo.
Ao caracterizar o quadro, faço um juízo estético, sendo este um enunciado pelo exprimimos a sensação que temos ao experimentarmos algo em termos estéticos, que articula dois ou mais conceitos, atribuindo ou negando a um sujeito um certo atributo.
E segundo Kant, consideramos algo belo ou não, quando, ao apreciá-lo desinteressadamente, nos dá sensação de prazer porque nos apraz ou então de desprazer, independentemente de outros interesses, ou seja: unicamente na perspectiva da sua beleza
Existem duas maneiras diferentes de entender os juízos estéticos quanto à sua origem. Uma delas é o subjectivismo estético, segundo o qual a beleza de uma obra depende da sensação de prazer ou desprazer que acompanha a sua contemplação pelo sujeito. A outra é o objectivismo estético, segundo a qual a beleza de um objecto não depende da pessoa que a está a analisar, mas sim das suas próprias características.
Existem três diferentes teorias para explicar a arte: a arte como imitação, como forma e como expressão.
A arte como imitação é, na minha opinião a que melhor se aplica à imagem acima apresentada, pois o artista procura, nesta pintura, representar o real, copiando imagens da natureza, mas sem deixar de acrescentar a sua criatividade, pois não existe nenhuma obra de arte que represente totalmente a natureza sem criatividade do artista, nem mesmo uma fotografia. E, neste, caso o artista procura representar uma paisagem, que consiste num rio prestes a desaguar no mar, com areia e verdura em cada um dos bordos.
Segundo a teoria da arte como forma o artista não pretende que a sua obra tenha conteúdo, isto é, não tenta transmitir qualquer mensagem ou sentimento, mas preocupa-se com a forma, ou seja, pretende despertar uma experiência estética apenas pelos elementos utilizados e a ligação estabelecida entre eles, sem qualquer intenção de exprimir algo.
E finalmente, segundo a arte como expressão, o artista exprime os seus sentimentos (tristeza, ódio, alegria, etc.) através da sua obra e tem a intenção de levar aqueles indivíduos que contactam com a sua obra a ter a mesma sensação e os mesmos sentimentos.

Ana Vilas-Boas, 10ºA - 2007

6.24.2007

Trabalho 6- Carla


Cada vez que olho para este fractal tenho uma experiência estética, isto porque admiro-o apenas por ser belo e sem ter qualquer outro interesse que não apenas o da sua beleza.
Só há experiência estética quando o que está em causa é o prazer ou desprazer desinteressado que temos ao admirar algo apenas segundo a sua beleza e não por motivos económicos ou de qualquer outra natureza.
Tal como já afirmei o fractal é lindíssimo. Quando digo isto estou a fazer um juízo estético, pois estou a fazer uma afirmação sobre a beleza do que estou observar. O juízo estético é subjectivo, isto é, é relativo ao sujeito, pois tal como o fractal é lindo para mim pode não ser para outra pessoa, e sendo assim o juízo estético dessa pessoa será diferente do meu. Mas não é só isso: o juízo feito pelo sujeito em relação à beleza do objecto vai depender dos sentimentos de prazer/desprazer que o mesmo provoca no sujeito, como afirma Kant, e não das características do objecto.

Existem três diferentes teorias que correspondem a três formas de definir a arte: como imitação (a obra de arte deve ser tão fiel à realidade quanto possível); como expressão (o artista quer levar o publico, através da sua obra, a partilhar o seu estado de espírito ou um sentimento que tenha experimentado), e ainda a arte como forma (quando o que interessa são os sons, as figuras, as formas, os materiais, as palavras, a estrutura).
No caso deste fractal a melhor definição será a de arte como forma, pois não está a imitar uma realidade nem quer transmitir sentimentos. O que importa são as formas, as cores, e o espaço definido por estes elementos: é isso que desperta ou não o prazer de o contemplar.

Carla Borges, 10ºA - 2007

6.23.2007

Trabalho 5 - Sara


Decapitação de Holofernes, de Caravaggio

A experiência estética engloba os sentimentos que o objecto nos provoca, sejam eles de prazer ou desprazer.
Escolhi este quadro, não pelo prazer que o quadro me transmite, pois presenciar um assassínio não me causa prazer algum, mas sim pelo realismo que a imagem ostenta, tal como se pode observar particularmente nas expressões dos rostos das pessoas.
O juízo estético que descreve a experiência estética que eu tive ao observar este quadro é: «Este quadro está magnifico, qualquer pequena parte pertencente a este quadro possui um realismo tal, que diria que estamos na presença de uma fotografia, de tal modo que me causa horror». Assim, e segundo Kant, o juízo estético articula vários conceitos relativos aos sentimentos de prazer/desprazer que a pessoa tem ao contemplar o objecto, sem envolver o entendimento, pois não produz conhecimentos. Sendo assim, a perspectiva de Kant nesta matéria enquadra-se no subjectivismo - a beleza do objecto depende do sujeito que o está a observar, é este que atribui ao objecto a característica de ser é belo ou não - e não no objectivismo, segundo o qual os objectos são belos ou não por causa das suas próprias características.
Quando alguém diz que gosta deste quadro, diz portanto que sente prazer ao observá-lo, simplesmente, sem qualquer outro interesse envolvido. Aliás é o factor do desinteresse que faz desta experiência uma experiência estética: se eu olhar para ele com a intenção de o avaliar como investimento, para o comprar ou vender, já não estou em atitude estética, e portanto já não será uma experiência estética.
Considero que este quadro é belo, e isso significa que ele me agrada pela sua qualidade estética, gosto que é independente da razão e não necessita da aprovação desta.
Este quadro podia satisfazer a teoria da arte como expressão, pois a cena transmite com força os sentimentos das pessoas que retrata e faz-nos sentir o horror que acompanha o assassínio.
A expressão das pessoas envolvidas, tanto do homem como das mulheres, é muito realista, assim como os pormenores como o de uma delas estar preparada para embrulhar a cabeça de Holofernes num pano. Sentimos que não é fácil fazer isto. Sentimos que é horrível.



Sara Cabral, 10ºA - 2007

Trabalho 4 - Halyna


Escolhi esta imagem, porque captou a minha atenção sem que eu tivesse algum interesse nela ou conhecimento sobre ela e a isto chama-se uma experiência estética que envolve a nossa sensibilidade e é a experiência que temos ao contemplar alguma coisa não envolvendo qualquer intenção ou interesse: apenas gosta-se ou não “desinteressadamente”; foi o que aconteceu no meu caso. Eu apaixonei-me pela imagem apenas pela beleza que ela possui. Por isso, concluo que esta foto é uma obra de arte, pois provocou em mim emoção estética independentemente de qualquer interesse ou utilidade prática.
Esta foto revela, como outras quaisquer, juízos. O juízo consiste em afirmar ou negar alguma coisa acerca de outra, como por exemplo, segundo a imagem que escolhi posso afirmar que o cisne é branco. O juízo estético exprime a contemplação do belo, ou seja, envolve prazer e a apreciação de alguma coisa por aquilo que nos faz sentir e não pelo interesse que temos nessa coisa (ganhar dinheiro, comprar, conhecer, vender, obter sucesso).

A estética envolve o Belo/Feio, os gostos, as experiências, expressos nos juízos estéticos e, por isso, envolve a arte também, pois esta é analisada através dos conceitos que acabei de referir.
Para Kant, o juízo de gosto não é um juízo de conhecimento e, por isso, não pode ser lógico, não envolve a razão. O gosto é a representação mediante um prazer/desprazer, ou seja, é a capacidade de apreciar o Belo. Por conseguinte, o juízo de gosto exprime o Belo e como não é conceptual, não exprime conhecimento. É subjectivo, pois para Kant, os objectos são belos em virtude da capacidade que o sujeito tem de ter prazer/desprazer na contemplação desinteressada de um objecto, e não em consequência das características do próprio objecto.
Da mesma forma, encontro prazer nesta foto porque, enquanto sujeito, tenho a capacidade de ter esse prazer e encontrar beleza na imagem que ela apresenta.

Para mim esta foto dá alguma razão à teoria da Arte como imitação, pois apresenta uma imitação de natureza. Mas, por outro lado, apresenta aquilo que chamou atenção ao artista que tirou a foto, ou seja, apenas uma pequena parte de natureza que ele viu, mas que mesmo sendo pequena transmite muitos sentimentos que ele experimentou naquele momento e transmite-nos aquilo que captou a sua própria atenção. Assim, há mais do que imitação na obra de arte, mas ao mesmo tempo há menos dimensões das coisas do que tem a realidade. Assim, concluo que a arte é diferente da realidade, não é tal qual, e por isso terá de ser de uma natureza diferente. Como diz Beaudelaire, A NATUREZA NÃO TEM IMAGINAÇÃO.


Halyna Korol, 10ºA -2007

Trabalho 3- Rita



Ao analisarmos este quadro apercebemo-nos que poderemos lembrar-nos da teoria da Arte como imitação, pois o pintor coloca diante da nossa atenção uma imagem que captou a sua própria atenção, a beleza da natureza, o efeito que uma simples maçã pode provocar num ser humano. Ao observar esta imagem, lembro-me de frescura, natureza, e isso faz que o espírito fique mais leve e fresco, provoca em mim uma sensação de liberdade e leveza, logo aqui podemos ver esta pintura segundo a teoria da Arte como expressão, pois o artista pode querer levar-nos a ter a mesma experiência que ele teve ao contemplar esta imagem, através da sua obra, ele pode não pretender apenas descrever ou imitar uma visão que lhe chamou a atenção pela sua beleza natural, mas sim fazer-nos viver os mesmos sentimentos e emoções que ele experimentou.
Esta imagem chamou-me particularmente a atenção, porque ao observá-la tive um autêntico maravilhamento, uma perplexidade, e esta foi a minha experiência estética em contacto com esta imagem, pois entende-se por experiência estética o conjunto das emoções e sensações que uma certa realidade nos provoca quando é observada.
Ao observar esta imagem descubro que a natureza tem uma beleza rara e esplêndida ao mesmo tempo, e com isto formulo o meu juízo estético, ou seja, exprimo as opiniões envolvendo domínios do gosto, opiniões essas que exprimem o desprazer ou prazer que nos dá a contemplação de uma realidade apenas pelo que significa a sua contemplação. Tanto a experiência estética como o juízo estético, devem ser desprovidos de qualquer interesse, temos que obrigatoriamente que contemplar o belo pelo próprio belo, sem que qualquer tipo de interesse nos afecte nessa contemplação.
O juízo estético ainda pode ser explicado à luz do objectivismo, segundo o qual os objectos são belos devido às suas próprias características, ou à luz do subjectivismo, segundo o qual os objectos são belos em virtude do que sentimos quando os apreendemos.
Segundo Kant, o belo é o critério estético por excelência, e nós identificamos um objecto como belo quando na contemplação desse mesmo objecto sentimos um prazer completamente desinteressado; definimos como gosto a capacidade de contemplar esse mesmo belo.

Rita Garrido, 10º A - 2007

Trabalho 2- André


Ao observar esta obra de arte, uma estampa japonesa com o título Íris, sujeito-me a uma atitude estética, pois predisponho-me a observá-la com a única intenção de desfrutar do prazer que esta me pode transmitir chegando assim a uma experiência estética. Uma experiência estética depende da atitude que tomamos em relação a uma realidade, e pode ser compreendida pelos juízos através dos quais é identificada.
Contudo nem todos os filósofos defendem a sua existência, alegando que a diferença existente entre os objectos depende deles próprios e não da experiência que temos destes. Existem, assim em dois tipos de teorias, que podemos seguir sobre a experiência estética: o objectivismo e o subjectivismo, quanto à origem do juízo sobre a obra de arte como sendo bela ou não.
Seguindo o objectivismo, defendemos que a estampa é bela devido às suas próprias características, independentemente dos sentimentos ou reacções de quem a observa, ou seja, há experiência estética mas condicionada pela obra e não pelos sentimentos do observador: simplesmente, há objectos belos e outros não, pela sua própria natureza. Há objectos que são obras de arte e outros que não são.
Se seguirmos o caminho do subjectivismo pressupomos a existência de uma experiência estética em que a beleza de algo é definida em virtude do que sentimos na sua presença; o juízo que vamos criar depende de nós e da forma como vemos o objecto, já que segundo o subjectivismo, para ter uma experiência estética é necessário possuir o gosto, que é a faculdade que nos vai permitir formular um juízo mediante o prazer ou desprazer que o objecto nos proporciona, podendo assim considerá-lo belo ou não.
Através da observação da estampa concluo também que se pode explicar quer pela teoria da arte como expressão, quer de arte como imitação.
Como Expressão na medida em que o artista pode ter sofrido a perda de uma figura feminina, sua mulher ou sua amada, e representa a sua partida na tela que pinta, comunicando os seus sentimentos e expressando o acontecimento por que passou tentando levar os outros a sentir o mesmo que sentiu com a partida da figura feminina representada.
E como Imitação, a figura representada podia ser um modelo visto pelo artista que este pintou do modo como viu na altura e/ou até do modo como imaginou. No entanto, não deixou de pôr em evidência na obra o seu cunho pessoal, os seus sentimentos e até os seus valores. O artista chama-nos a atenção para algo que captou a sua própria atenção, passando-o para a tela e fazendo com que vejamos o mundo que os seus olhos vêem, já que de entre todas as dimensões da realidade este utiliza apenas uma pequena parte que passa para a sua pintura, isolando-nos do resto que se passa à sua volta. É por isso que a teoria da arte como imitação do real parece não chegar para explicar a obra de arte.

André Ratão,10ºA - 2007

Trabalho 1- Andreia


Esta imagem é um fractal. Eu cada vez que olho para este fractal sinto o prazer de contemplá-lo. Na perspectiva de Kant, esta relação é designada como uma experiência estética, uma vez que tenho o prazer de apreciá-lo, sem ter alguma intenção ou conhecimento matemático que me faça despertar interesse.
O fractal é indescritivelmente belo: isto é um juízo estético porque é um juízo que exprime o meu gosto, isto é, o prazer que tenho na apreciação do fractal apenas enquanto objecto cuja contemplação me agrada.
Portanto, considero-o belo por me dar prazer apreciá-lo. Este ponto de vista é de subjectivismo estético, uma vez que a apreciação depende do sujeito e não do objecto, não sendo portanto a beleza resultado das propriedades do objecto, mas sim do facto de que o sujeito tem a capacidade de encontrar beleza no objecto.
Do meu ponto de vista, esta fractal pode ser explicado pela teoria da arte como forma, porque não estão em causa sentimentos/intenções do sujeito ou representações do real, mas sim os componentes e aspectos que o formam (cores, estruturas, texturas) e que criam esta figura que me dá prazer contemplar.

Andreia Santos, 10ºA -2007

6.22.2007

6.19.2007

Touro Enraivecido


Raging Bull, de Martin Scorsese, 1980, com Robert de Niro.
Música: Cavalleria Rusticana, de Mascagni (Intermezzo)

Esta é a cena de abertura do filme. É a história de um pugilista, Jack La Motta, da sua luta para vencer e se tornar famoso e rico.
Não acham inesperado este modo de começar um filme sobre boxe? E associar esta música ao treino de um pugilista?
Achei que era um pequeno extra interessante para a discussão sobre O QUE É ARTE?

6.17.2007

Que fruto colhemos?


Vamos organizar os conhecimentos nesta matéria escrevendo um pequeno texto acerca da obra de arte. Será uma espécie de mapa que nos permitirá arrumar as ideias. Aqui ficam as indicações:

Nesse texto, devem ter-se em conta os seguintes aspectos:
• Os conceitos de juízo estético e de experiência estética;
• Os conceitos de gosto e belo;
• Diferentes teorias sobre o que distingue uma obra de arte enquanto tal.

Escolha uma obra de arte como exemplo e, a partir dela, faça uma pequena reflexão sobre uma das teorias explicativas da arte.
A obra de arte pode ser música ou imagem, mas tem que ser incluída no trabalho, para eu poder acompanhar os vossos raciocínios.

Os trabalhos serão depois colocados aqui no blog. Suponho que vos agrada a ideia...

6.15.2007

Que sabedoria cultivámos?


No final deste trabalho de pesquisa e reflexão, deveremos conhecer, compreender, relacionar e saber aplicar os seguintes conceitos:

A EXPERIÊNCIA E O JUÍZO ESTÉTICOS: estética, experiência estética, juízo estético, belo, gosto.

A CRIAÇÃO ARTÍSTICA E A OBRA DE ARTE: as teorias da arte como imitação, como expressão e como forma.

Outros Materiais


Estátua de Afrodite, de Praxíteles.

No Manual, encontram-se muitas reproduções de obras de arte, que constituem mais uma fonte de informação sobre esta matéria: ver das páginas 177 a 215.

Sobre os vários tópicos, também encontramos mais dados e reflexões:
O que é arte?: pg. 182-187; pg. 208-209; pg.212-213
O que é o belo? pg. 188-192; 196-197

E, claro, para procurar mais informação sobre qualquer tema, há ainda os motores de busca, um recurso poderoso.

6.14.2007

Marcel Duchamp: a Fonte

Duchamp

Em 1917, Duchamp, já então artista consagrado,concorreu a uma exposição da Society of the Independent Artists com um urinol intitulado a Fonte e assinado com o nome de R. Mutt. A Society defendia a abertura a novas formas de arte e a intenção de Duchamp era provocatória. Esperava, com esta obra, pôr em causa os membros da sociedade colocando-os perante o dilema de aceitar ou não como arte um objecto que não tinha sido feito para ser arte.

Era o próprio conceito de arte que estava em jogo. No entanto, a sua expectativa saiu frustrada, porque a Fonte não foi, nessa altura, apresentada ao júri. Diz-se que os empregados da Society não identificaram o objecto como fazendo parte das obras de arte a serem apreciadas, tendo-o arrumado na cave. Hoje, a Fonte ocupa um lugar de destaque nos museus de arte contemporânea.

O estatuto de um objecto como obra de arte tornou-se cada vez mais indeterminado.
Por exemplo, em 1977, Alberto Carneiro realizou uma exposição na Galeria Quadrum que constava de um único objecto: uma pedra rolada trazida de uma ribeira de Trás-os-Montes. Depois da exposição a pedra foi reposta na mesma ribeira.
Enquanto esteve na exposição foi uma obra de arte, depois de reposta na mesma ribeira deixou de o ser.

Carmo d'Orey, O que É Arte? ou Quando Há Arte? (adaptado)

Em suma

Todas estas dificuldades em definir a obra de arte levaram alguns autores a considerar que ela simplesmente não pode ser definida, tal como a criação artística não pode ser explicada.

No entanto, há várias respostas sobre aquilo que faz com que uma coisa seja considerada artística e outra não:

1. a verdadeira obra de arte provoca emoção estética independente de qualquer interesse ou utilidade prática completamente diferente das emoções quotidianas e vulgares; essa capacidade resulta das propriedades do objecto;
2. a verdadeira obra de arte não tem um propósito definido e específico: não é um simples meio para um fim, por exemplo para moralizar ou entreter ou fazer publicidade;
3. a verdadeira obra de arte é aquilo que os artistas, os críticos e os coleccionadores, isto é, as pessoas que estão ligadas à produção artística reconhecem como tendo qualidade artística;

Qual destas respostas considera a mais aceitável?
Antes de analisar a questão, reveja todos os materiais disponíveis. Tenha particular atenção ao post sobre Duchamp.

Road to Perdition


De Sam Mendes.
Poderemos aplicar ao cinema qualquer uma das teorias explicativas da obra de arte?

A arte é forma?


Na obra de arte, podemos distinguir dois planos: o do conteúdo e o da forma. O primeiro diz respeito àquilo que a obra de arte pretende transmitir (aquilo que o artista pretende exprimir), o segundo ao modo como esse conteúdo é transmitido. Isto é: aquilo que é percepcionável na obra de arte, os elementos utilizados (sons, cores, figuras, formas, texturas, materiais, palavras, estrutura) e a relação estabelecida entre eles, independentemente do que o artista possa querer transmitir com a sua obra.
Para os teóricos da arte como forma, a obra deve ser esvaziada de todo o conteúdo, apenas interessando os aspectos que a concretizam. Por conseguinte, não interessam os conteúdos, não devendo existir qualquer preocupação com o tema ou a transmissão de uma mensagem. O que interessa é a relação estabelecida entre os vários componentes que formam a obra de arte.
Por exemplo, na estampa apresentada em cima, o que interessa a esta concepção, é a forma da figura e a cor laranja, bem como a estrutura que resulta da organização destes elementos, sem esquecer o espaço definido pela figura.

O expoente máximo desta concepção é a ARTE ABSTRACTA. É neste tipo de arte que mais claramente se rejeita a intenção ou exigência de que a arte imite ou represente o real ou transmita qualquer mensagem objectiva.

A arte é expressão?


A arte como expressão é definida como comunicação intencional dos sentimentos que o artista experimentou. Um dos mais famosos defensores deste conceito é Tolstoi, o autor russo que escreveu Guerra e Paz e Ana Karenina, considerado um dos maiores escritores de sempre.
Segundo Tolstoi, o artista começa por ter a experiência de um sentimento ou emoção (medo, alegria, esperança, angústia, ódio) e decide partilhar esse sentimento com os outros, levando-os a ter a mesma experiência através da sua obra qualquer que ela seja: romance, música, poema, quadro, estátua, dança...
Ou seja, não se limita a descrever o que sentiu, mas cria uma obra que leva os outros a sentir o mesmo que ele sentiu. Logo, a arte exige a adequada expressão de um sentimento autêntico.
Por isso se diz que esta teoria estabelece uma íntima ligação entre a arte e a vida.

A arte é imitação?


A concepção da arte como imitação da realidade dominou a estética ocidental até ao séc. XVIII.
Escritores da Antiguidade contam histórias que testemunham esta concepção. Por exemplo, o romano Plínio conta que o pintor Zêuxis era tão perfeito na sua pintura que os pássaros tentavam debicar as uvas dos seus quadros. Outro pintor, Apelles, pintava cavalos tão bem imitados que os verdadeiros cavalos relinchavam ao ver esses animais pintados por ele.
Estas histórias mostram que o critério para avaliar uma obra de arte era o da sua semelhança com o real representado.

Mas, na verdade, se pensarmos bem, o artista não representa as coisas que vê, mas o modo como as vê e até como as imagina. O artista põe na sua obra toda a experiência, sentimentos e valores que fazem parte da sua maneira de ser e pensar. Ele chama a nossa atenção para algo que captou a sua própria atenção. Ele leva-nos a olhar o mundo com outros olhos. E, de entre todas as dimensões da realidade, ele apenas pode utilizar na sua obra uma pequena parte. Até a fotografia é mais do que uma cópia da realidade. Porquê?
Será isto copiar? Imitar?
Vamos citar duas críticas de dois artistas de peso:
Paul Klee: A ARTE NÃO REPRODUZ O VISÍVEL: TORNA VISÍVEL.
Beaudelaire, por sua vez, diz: A NATUREZA NÃO TEM IMAGINAÇÃO.

6.13.2007

A justificação do juízo estético

Quando uma pessoa afirma que algo é belo, que tipo de razões apresenta para justificar o que afirma?
O que nos faz dizer que algo é BELO?
Há basicamente duas respostas: subjectivismo estético e objectivismo estético.

O subjectivismo defende que os objectos são belos em virtude do que sentimos quando os apreendemos: é o modo como nos afectam que os separa em belos e não belos.
Existem correntes de subjectivismo moderado e de subjectivismo radical.

O objectivismo estético defende que os objectos são belos devido às suas próprias características, e isto independenemente do que sentimos quando os observamos. Ou seja: as propriedades dos objectos são independentes dos sentimentos ou das reacções de quem os observa.


Na sequência destas informações, como devemos classificar a definição dada por Kant sobre o juízo estético?

6.12.2007

A Arte


O que é a arte?
Para esta pergunta, encontramos na Filosofia várias respostas.
A arte é o campo privilegiado dos juízos estéticos.
A seguir, falaremos de diferentes teorias sobre a natureza e o papel da arte.

6.07.2007

Experiência estética? 5


Keith Jarrett

Experiência estética? 4


Pearl Jam: I am mine

Experiência estética? 3



Miho Hatori

Experiência estética? 2






Obrigada, Carla!

Experiência estética? 1





A proposta de Kant



§1
Para distinguir se algo é belo ou não, não referimos a sua representação ao objecto por meio do entendimento, com vista ao conhecimento; antes usamos a imaginação para referir a representação ao sujeito e ao seu sentimento de prazer ou desprazer. O juízo de gosto não é, pois, um juízo de conhecimento, e por conseguinte não é lógico, mas estético, o que significa que o fundamento que o determina não pode ser senão subjectivo.

Apreender pela nossa faculdade de conhecimento um edifício regular e conforme a determinados fins é algo completamente diferente de ter consciência desta representação acompanhada da sensação de prazer. Neste caso, a representação refere-se inteiramente ao sujeito e, mais importante, ao seu sentimento de vida, sob o nome de prazer ou desprazer.

§2
Chama-se interesse ao prazer que ligamos à representação da existência de um objecto. Por isso, um tal interesse envolve sempre ao mesmo tempo referência à faculdade de desejar. Todos temos que reconhecer que o juízo sobre a beleza ao qual se mistura o mínimo interesse é muito faccioso e não é um juízo de gosto puro. Não se tem de simpatizar minimamente com a existência da coisa, pelo contrário, tem de se ser completamente indiferente a esse respeito para, em matéria de gosto, desempenhar o papel de juiz.

§3
O agradável, o belo e o bom designam, portanto, três relações diversas entre as representações e o sentimento de prazer e desprazer.
Agradável é aquilo que nos satisfaz; belo é aquilo que simplesmente nos apraz; bom é aquilo que se estima ou se aprova, isto é, aquilo a que atribuímos um valor objectivo.
O juízo de gosto é meramente contemplativo, não sendo portanto fundado em conceitos.
De entre estas três espécies de prazer, pode dizer-se que só o gosto pelo belo é um prazer desinteressado e livre, pois nenhum interesse, seja dos sentidos seja da razão, exige aprovação.
Conclusão:
Gosto é a faculdade do juízo de um objecto ou representação mediante um prazer ou desprazer independente de todo o interesse. O objecto de tal prazer chama-se belo

Imanuel Kant, Crítica da Faculdade do Juízo (adaptado)

O que é o JUÍZO


O juízo, tal como foi definido por Aristóteles, é ainda hoje entendido em Lógica como a operação racional que consiste em afirmar ou negar alguma coisa acerca de outra.
Assim, o juízo articula dois ou mais conceitos.

Exemplo: O Manuel não é fotógrafo.
A Joana é compositora e cantora.
As papoilas são vermelhas.

O juízo interessa particularmente à LÓGICA, por se traduzir num enunciado ou proposição, que, considerado como sendo pensamento expresso, constitui o objecto da análise lógica.
A lógica, a propósito, corresponde à unidade inicial do currículo de filosofia do 11º ano.
O que será então um juízo estético?

A experiência estética



O que é uma experiência estética?
Alguns filósofos pensam que aquilo que faz algo ser estético depende da atitude que assumimos em relação a essa realidade. Outros acham que para compreender o que é uma experiência estética é preciso compreender o tipo de JUÍZOS através dos quais essa experiência pode ser identificada. Falam, por isso, de juízos estéticos. Portanto, quando falamos de experiência estética, atitude estética ou juízo estético, estamos usar diferentes pontos de vista para nos referirmos ao mesmo problema.
Citando uma passagem do livro TEXTOS E PROBLEMAS DE FILOSOFIA de Aires Almeida e Desidério Murcho:

" Nem todos os filósofos concordam que haja experiência estética, alegando que não há qualquer diferença substancial no modo como se ouve uma música e no modo como se ouve, por exemplo, o professor de Filosofia a falar de estética. A diferença existente decorre dos próprios objectos e não da experiência que temos deles: uns objectos são obras de arte, outros, não; uns objectos são belos, outros não.
Kant foi um dos primeiros filósofos a abordar o problema da natureza da experiência estética. Propõe uma caracterização do juízo estético que nos permite distingui-lo dos outros tipos de juízo"