
Na imagem, Epimetheus, satélite de Saturno, fotografado pela nave Cassini.
Todas as formas de pensar que observamos em nós podem ser referidas a duas gerais: uma consiste em apreender através do nosso entendimento, a outra a determinar-se pela vontade. Deste modo, sentir, imaginar e mesmo conceber coisas puramente inteligíveis, não são mais do que maneiras diferentes de apreender; mas desejar, ter aversão, afirmar, negar, duvidar, são diferentes formas de querer.
Quando apreendemos alguma coisa, não corremos o risco de nos enganarmos se não a julgarmos de um modo algum; e, ainda que a ajuizemos, não nos enganaremos se só dermos a nossa aprovação àquilo que sabemos clara e distintamente estar compreendido no que ajuizamos. Mas o que faz com que habitualmente nos enganemos é que julgamos muitas vezes sem ter um conhecimento muito exacto daquilo que julgamos.
Princípios da Filosofia
Com esta obra, Descartes pretendia definir os verdadeiros Princípios da Filosofia, contendo verdades muito claras e muito evidentes que poderiam acabar com todos os motivos de discussão, guiando as pessoas no caminho da descoberta de outras verdades. Tinha, no entanto, consciência de que poderão passar-se vários séculos antes que se tenham deduzido desses Princípios todas as verdades.
Isto não vos lembra nada?
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