6.26.2007

Trabalho 11 - Marta


Curva dominante, 1936
Kandinsky

Podemos tentar explicar esta obra à luz de diferentes teorias da arte, mas dificilmente poderá ser explicada segundo a teoria da arte como imitação, uma vez que o que está retratado dificilmente representa uma realidade que o pintor tenha observado no mundo à sua volta e que lhe tenha captado a atenção.
Poderemos então explicar esta imagem recorrendo à teoria da obra de arte como forma: não interessa o conteúdo da pintura, a transmissão de uma mensagem, ou a captação da realidade. O que interessa, isso sim, são as formas e as cores existentes na figura e a relação e organização delas.
Escolhi esta imagem não só por ser uma das obras de um dos poucos pintores de que gosto, mas também porque me captou imediatamente a atenção pelas suas cores variadas e formas nítidas, que tornam esta imagem muito atractiva.
Olhando para ela sinto uma grande alegria e bem-estar, que me faz recordar festas e Carnaval em dias de sol, que se tornam muito mais agradáveis e animados na presença deste.
Esta imagem é para mim muito cativante, pois dá-me muito prazer olhar para ela, e transmite-me todos aqueles sentimentos que já referi em cima, tornando-a muito interessante, e também formidável e inexplicável. A isto chamamos juízo estético: exprime a experiência estética que eu vivi. É a opinião que tenho sobre a beleza da imagem, que formulo a partir da articulação de vários conceitos.
A experiência estética corresponde a todos os sentimentos e emoções que senti quando observei esta imagem. É o prazer desinteressado que nos dá a contemplação de algo belo.
A atitude estética é ainda a postura que eu tenho para contemplar o belo simplesmente pelo próprio belo e não com outro objectivo qualquer, como, por exemplo, o de comprar o quadro, segundo Kant.
Só assim podemos distinguir se uma coisa é bela ou não.
Existem ainda várias teorias sobre o juízo estético. Ele pode ser explicado segundo o ponto de vista objectivista ou subjectivista. No primeiro, os objectos são belos pelas suas próprias características. No último, os objectos são belos por aquilo que nós sentimos quando os observamos. Fazemos uma apreciação subjectiva, que não depende nem do entendimento nem das propriedades do objecto em questão, mas sim da capacidade do sujeito para sentir prazer na contemplação desinteressada do belo. Esta é concepção defendida por Kant.
O belo é o critério que traduz o prazer/desprazer que sentimos quando contemplamos um objecto desinteressadamente, isto é, sem qualquer outro fim para alem da própria contemplação.
À capacidade de distinguir o belo chamamos gosto.

Marta Pimentel, 10ºA - 2007

2 comentários:

proffil disse...

Como vê, tive que rodar o quadro: estava com a orientação errada! :)

proffil disse...

No entanto, Marta, depois de ter feito mais umas pesquisas, encontrei realmente a versão orientada como aquela que incluiu no seu trabalho. Eu só conhecia esta que postei, pelo que não sei explicar a razão de existirem duas versões do ponto de vista da orientação!...

Por acaso sabe? :)