
Cada vez que olho para este fractal tenho uma experiência estética, isto porque admiro-o apenas por ser belo e sem ter qualquer outro interesse que não apenas o da sua beleza.
Só há experiência estética quando o que está em causa é o prazer ou desprazer desinteressado que temos ao admirar algo apenas segundo a sua beleza e não por motivos económicos ou de qualquer outra natureza.
Tal como já afirmei o fractal é lindíssimo. Quando digo isto estou a fazer um juízo estético, pois estou a fazer uma afirmação sobre a beleza do que estou observar. O juízo estético é subjectivo, isto é, é relativo ao sujeito, pois tal como o fractal é lindo para mim pode não ser para outra pessoa, e sendo assim o juízo estético dessa pessoa será diferente do meu. Mas não é só isso: o juízo feito pelo sujeito em relação à beleza do objecto vai depender dos sentimentos de prazer/desprazer que o mesmo provoca no sujeito, como afirma Kant, e não das características do objecto.
Existem três diferentes teorias que correspondem a três formas de definir a arte: como imitação (a obra de arte deve ser tão fiel à realidade quanto possível); como expressão (o artista quer levar o publico, através da sua obra, a partilhar o seu estado de espírito ou um sentimento que tenha experimentado), e ainda a arte como forma (quando o que interessa são os sons, as figuras, as formas, os materiais, as palavras, a estrutura).
No caso deste fractal a melhor definição será a de arte como forma, pois não está a imitar uma realidade nem quer transmitir sentimentos. O que importa são as formas, as cores, e o espaço definido por estes elementos: é isso que desperta ou não o prazer de o contemplar.
Carla Borges, 10ºA - 2007
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