
Ao analisarmos este quadro apercebemo-nos que poderemos lembrar-nos da teoria da Arte como imitação, pois o pintor coloca diante da nossa atenção uma imagem que captou a sua própria atenção, a beleza da natureza, o efeito que uma simples maçã pode provocar num ser humano. Ao observar esta imagem, lembro-me de frescura, natureza, e isso faz que o espírito fique mais leve e fresco, provoca em mim uma sensação de liberdade e leveza, logo aqui podemos ver esta pintura segundo a teoria da Arte como expressão, pois o artista pode querer levar-nos a ter a mesma experiência que ele teve ao contemplar esta imagem, através da sua obra, ele pode não pretender apenas descrever ou imitar uma visão que lhe chamou a atenção pela sua beleza natural, mas sim fazer-nos viver os mesmos sentimentos e emoções que ele experimentou.
Esta imagem chamou-me particularmente a atenção, porque ao observá-la tive um autêntico maravilhamento, uma perplexidade, e esta foi a minha experiência estética em contacto com esta imagem, pois entende-se por experiência estética o conjunto das emoções e sensações que uma certa realidade nos provoca quando é observada.
Ao observar esta imagem descubro que a natureza tem uma beleza rara e esplêndida ao mesmo tempo, e com isto formulo o meu juízo estético, ou seja, exprimo as opiniões envolvendo domínios do gosto, opiniões essas que exprimem o desprazer ou prazer que nos dá a contemplação de uma realidade apenas pelo que significa a sua contemplação. Tanto a experiência estética como o juízo estético, devem ser desprovidos de qualquer interesse, temos que obrigatoriamente que contemplar o belo pelo próprio belo, sem que qualquer tipo de interesse nos afecte nessa contemplação.
O juízo estético ainda pode ser explicado à luz do objectivismo, segundo o qual os objectos são belos devido às suas próprias características, ou à luz do subjectivismo, segundo o qual os objectos são belos em virtude do que sentimos quando os apreendemos.
Segundo Kant, o belo é o critério estético por excelência, e nós identificamos um objecto como belo quando na contemplação desse mesmo objecto sentimos um prazer completamente desinteressado; definimos como gosto a capacidade de contemplar esse mesmo belo.
Rita Garrido, 10º A - 2007
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