6.23.2007

Trabalho 4 - Halyna


Escolhi esta imagem, porque captou a minha atenção sem que eu tivesse algum interesse nela ou conhecimento sobre ela e a isto chama-se uma experiência estética que envolve a nossa sensibilidade e é a experiência que temos ao contemplar alguma coisa não envolvendo qualquer intenção ou interesse: apenas gosta-se ou não “desinteressadamente”; foi o que aconteceu no meu caso. Eu apaixonei-me pela imagem apenas pela beleza que ela possui. Por isso, concluo que esta foto é uma obra de arte, pois provocou em mim emoção estética independentemente de qualquer interesse ou utilidade prática.
Esta foto revela, como outras quaisquer, juízos. O juízo consiste em afirmar ou negar alguma coisa acerca de outra, como por exemplo, segundo a imagem que escolhi posso afirmar que o cisne é branco. O juízo estético exprime a contemplação do belo, ou seja, envolve prazer e a apreciação de alguma coisa por aquilo que nos faz sentir e não pelo interesse que temos nessa coisa (ganhar dinheiro, comprar, conhecer, vender, obter sucesso).

A estética envolve o Belo/Feio, os gostos, as experiências, expressos nos juízos estéticos e, por isso, envolve a arte também, pois esta é analisada através dos conceitos que acabei de referir.
Para Kant, o juízo de gosto não é um juízo de conhecimento e, por isso, não pode ser lógico, não envolve a razão. O gosto é a representação mediante um prazer/desprazer, ou seja, é a capacidade de apreciar o Belo. Por conseguinte, o juízo de gosto exprime o Belo e como não é conceptual, não exprime conhecimento. É subjectivo, pois para Kant, os objectos são belos em virtude da capacidade que o sujeito tem de ter prazer/desprazer na contemplação desinteressada de um objecto, e não em consequência das características do próprio objecto.
Da mesma forma, encontro prazer nesta foto porque, enquanto sujeito, tenho a capacidade de ter esse prazer e encontrar beleza na imagem que ela apresenta.

Para mim esta foto dá alguma razão à teoria da Arte como imitação, pois apresenta uma imitação de natureza. Mas, por outro lado, apresenta aquilo que chamou atenção ao artista que tirou a foto, ou seja, apenas uma pequena parte de natureza que ele viu, mas que mesmo sendo pequena transmite muitos sentimentos que ele experimentou naquele momento e transmite-nos aquilo que captou a sua própria atenção. Assim, há mais do que imitação na obra de arte, mas ao mesmo tempo há menos dimensões das coisas do que tem a realidade. Assim, concluo que a arte é diferente da realidade, não é tal qual, e por isso terá de ser de uma natureza diferente. Como diz Beaudelaire, A NATUREZA NÃO TEM IMAGINAÇÃO.


Halyna Korol, 10ºA -2007

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